A Bolsa e o Caranguejo
Alguém já viu um caranguejo de perto? Vivo? Na panela ou em um prato bem decorado não conta. Nem em vídeos que circulam pelas redes sociais com algumas pessoas comendo todas as partes possíveis do animal, como se fosse a última refeição da vida.
Trata-se de um animal exótico, não é mesmo? Alguns enormes, outros coloridos, mas o que chama mesmo a atenção é o fato deles andarem de lado com uma habilidade impressionante, enquanto andar para frente e para trás já apresentam um pouco mais de dificuldade.
Vendo essa breve descrição, você deve estar se perguntando:
Novo curso na Fatec de Sertãozinho - Ciências Biológicas, ou seria de Gastronomia? Moda, já que fala de Bolsa...bolsa de caranguejo? Existe isso?
Lembrando que um dos cursos da Fatec de Sertãozinho é de Gestão Empresarial, então vamos ligar os 2 pontos (Bolsa e Caranguejo).
A Bolsa de Valores, ou simplesmente B3, após atingir o pico de pouco mais de 119.000 pontos em janeiro, com a expansão da pandemia da COVID 19 globalmente, começou uma queda vertiginosa, atingindo o “fundo do poço” em março.
Do final do mês de março até meados de maio ela apresentou pequenas variações, com pequenas subidas e descidas, sem grandes variações. Nesse período, o jargão financeiro diz que a Bolsa de Valores “andou de lado”.
Ou seja, por quase 2 meses a B3 virou um caranguejo. Andando de lado, reflexo das incertezas da pandemia, tanto na área da saúde como, principalmente, na área econômica e política. O caranguejo (ops, B3) começou a andar para frente apenas em meados de maio, com a expectativa da volta de abertura da economia e com o arrefecimento dos ânimos políticos.
Oxalá o caranguejo continue sua caminhada para frente. Não tropece pelo caminho e consiga se desvencilhar de seus predadores. Isso indicaria que a vida começa a retornar à sua normalidade. Um novo recomeço, de novo.
Autoria:
Prof. Me. Leandro Vila Torres
Docente Fatec Sertãozinho