Qual a distância entre um touro e um urso? Uma pergunta que vale trilhões...?
 
   Caros leitores, tempos difíceis não é mesmo? Isolados, em quarentena, entediados, com saudades dos entes queridos... Situação complicada. Podemos ver pelo lado bom, que a doença não nos atingiu, ou pelo lado ruim, que além do relatado acima, atingiu em cheio a economia.

   Sobre a economia, o impacto será gigantesco, mas qualquer tentativa de acerto, são apenas previsões (ou “chutes”). Só sabemos que será ruim...Não sabemos o quanto, mas será ruim.
Mas esse autor não pretende abordar diretamente economia, ao menos hoje.  Gostaria de falar sobre touros e ursos, pois é o título do texto, não é mesmo?

   Enquanto a Bolsa subia, todo mundo quis entrar. Era fácil afirmar que estava ganhando dinheiro. Proliferaram “experts” em ações... Não era preciso nenhum esforço. Praticamente todo “papel” (ação) de empresas subiu no ano de 2019. Menos de 10 empresas sofreu desvalorização, de mais de 300 empresas listadas na B3 (o nome atual da Bolsa de Valores do Brasil – Brasil, Bolsa e Balcão - B3).

   Muitos entendidos surgiram. Pegaram a fase de alta da Bolsa, o que chamamos de Bull Market. Essa fase começou em 2016 (38.000 pontos), e conforme previsões (antes da COVID 19), poderia atingir até 150.000 pontos no final de 2020.

   Mas apareceu um vírus no meio do caminho, causando um estrago muito maior que o esperado. E na verdade, ainda não se sabe a dimensão do impacto dele na economia. E as ações da empresa são um reflexo do que elas valem, do que podem gerar de retorno. Acredito que no atual momento ninguém espera muito retorno, não é mesmo? Sobrevivendo “tá tudo certo”.

   O Ibovespa, principal índice da B3, caiu para quase 60.000 pontos na segunda quinzena de março. No final de janeiro o índice chegou a encostar nos 120.000 pontos. Estamos falando de uma desvalorização de 50%! Uma pessoa que tinha R$100.000 aplicado nesse índice e não tirou o seu dinheiro quando começou a queda, viu seu patrimônio reduzir-se em 50%. Hoje o índice está girando por volta de 80.000 pontos, ou seja, aquele investidor ainda está perdendo dinheiro, e não há estimativa de quando irá recuperar. Voltamos ao “chute”...

   Essa queda é o que chamamos no mercado financeiro de Bear Market. Uma sequência de alta, Bull Market; uma sequência de baixa, Bear Market. Logicamente em uma sequência de alta haverá quedas, assim como na sequência de queda poderá ocorrer altas.
O porquê dos nomes? Talvez porque o urso (Bear) ataca de cima para baixo, em queda, enquanto o touro (Bull) ataca de baixo para cima, alta. Mas isso é tema para um outro texto...

   E quanto é a distância entre os dois, em unidades monetárias? Refaça o exemplo que citei do investidor, três parágrafos acima. Só na B3 existiam ao final de 2019 mais de 1,5 milhão de CPF´s cadastrados, ou seja, pessoas físicas aplicadoras. Projetem essa perda, em maior ou menor grau para os investidores em ações, no Brasil. E o valor das empresas, que também caiu? Amplie isso para o mundo todo. Será que assim conseguiremos responder a pergunta do título?
 
Autor:
Prof. Me. Leandro Vila Torres
Docente Fatec Sertãozinho
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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